“A conta, infelizmente, de maneira deletéria, chegou à população, essa população tão necessitada que precisa dos serviços de saúde”, disse, ao ressaltar que, no ano passado, a presidente da República afastada, Dilma Rousseff, já havia sacrificado a saúde, com uma perda de R$ 12 bilhões em recursos públicos. “E o efeito cascata, com certeza, acabou comprometendo o orçamento do Estado e com certeza o da Prefeitura também”, disse o parlamentar.
O vereador lamentou a situação e disse que os profissionais da saúde, inclusive ele, observam, com muita frequência, pacientes, que de madrugada correm o risco de serem assaltados e mulheres de serem vítimas de violência, tendo que ir para frente dos hospitais, fazer fila por uma consulta. “E o que é de maior gravidade, nem sempre conseguem a consulta”, afirmou.
De acordo com ele, inúmeras profissionais de saúde, com muito carinho e zelo, não medem esforço para atender essa população. “Em termos de recursos humanos estamos bem de assistência, mas de material não estão a contento”, completou.
Ainda em seu relato sobre o atendimento nos hospitais e unidades de saúde, Dr. Ewerton Wanderley destacou a situação de pacientes que são assistidos em prontos-socorros e, quando necessitam de tomografia computadorizada e ressonância magnética, são obrigados a serem removidos para outras unidades, causando transtorno tanto para os pacientes quanto para seus familiares.
O vereador reconhece que tanto em prontos-socorros particulares públicos quanto particulares a população sempre foi bem servida, mas em função da crise vai deixar de ser referencia promissora e gratificante, infelizmente.
Dr. Ewerton Wanderley disse que o anúncio dos cortes na área de saúde pegou a todos de surpresa e a população que precisa de atendimento ficou sem saber para onde ir, principalmente os pacientes de doenças crônicas, como é o caso da tuberculose. “Só este ano já foram diagnosticados 460 casos de tuberculose no Estado. São pessoas que precisam de tratamento periódico, de ser monitorados de perto. Essa notícia pegou a todos na contramão.
Somado a isso, temos os acidentes de trânsito e as patologias cirúrgicas”, afirmou ele, manifestando preocupação com a situação, especialmente porque o Sistema Único de Saúde há muito tempo está na UTI.
Na próxima segunda-feira (30), o secretário estadual de saúde, Pedro Elias, estará na CMM para esclarecer sobre mudanças na saúde aos 41 vereadores, que assinaram pedido solicitando a presença do gestor na Casa Legislativa. A audiência será realizada às 14h de segunda-feira.